Justiça de Bariri determina audiência

O juiz eleitoral em exercício em Bariri, Maurício Martines Chiado, determinou a realização de audiência no caso em que o prefeito eleito da cidade, Neto Leoni (PSDB), é acusado de captação ilícita de sufrágio (compra de voto).
Em decisão, Chiado designa a audiência para as 15h do dia 3 de julho. O objetivo é promover oitivas das testemunhas indicadas pelo Ministério Público, dos representantes da ação (a coligação adversária na eleição suplementar de 3 de junho, que teve como candidato Airton Pegoraro, do PMDB) e dos representados (Neto Leoni e sua vice, a também tucana Maria Pia Betti Pio da Silva Nary).
Neto Leoni foi eleito prefeito de Bariri em pleito suplementar realizado em 3 de junho. A eleição fora de época foi convocada porque o próprio Neto Leoni, vencedor das eleições regulares de 2016, não foi diplomado e empossado em função de impedimentos relacionados ao seu vice na ocasião, Dito Mazotti, que foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
O caso
Poucos dias antes da eleição suplementar, a chapa adversária de Neto Leoni apresentou a denúncia de compra de voto. A acusação foi embasada em vídeo em que o tucano aparecia supostamente entregando R$ 100 a um eleitor, que pediu dinheiro para abastecer o seu carro e levar familiares para votar.
Durante a tramitação judicial do caso, Neto Leoni foi eleito (com 56% dos votos válidos) e diplomado pela Justiça Eleitoral. A posse, um evento de responsabilidade da Câmara, está prevista para o dia 30 de junho.
Caso a Justiça considere que de fato houve compra de voto, Neto Leoni pode ter o diploma cassado, o que inviabilizaria a continuidade do mandato, o qual será iniciado após a cerimônia de posse. Se o tucano for inocentado, segue na prefeitura até 31 de dezembro de 2020.
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