A Polícia Civil prendeu na madrugada desta quinta-feira (2) Caique Henrique Salles, que é um dos acusados de roubar e matar o empresário Adevaldo Colonize, 51 anos. O corpo da vítima foi encontrado na terça-feira (31).
Segundo o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú, Marcelo Aparecido Tomaz Góes, Caique era um dos principais envolvidos e um dos co-autores que forneceria dados substanciais para o esclarecimento do crime.
“Caique é frio, sem compaixão e confessa o crime, corroborando todos os elementos de indícios de prova. Fechamos o serviço policial. A equipe trabalhou arduamente para o esclarecimento desse crime grave”, afirmou o delegado.
“Obtivemos informações que Caique sairia de imóvel onde estava escondido, em Igaraçu, nesta madrugada. Os policiais estavam de campana no local. Ao sair, foi rapidamente capturado e trazido à Central de Polícia Judiciária de Jaú”, explica Góes.
O caso
Caique, durante o interrogatório na CPJ de Jaú, diz que ele e Marildo Junior Meza estavam em boate em Barra Bonita no último sábado (28).
“Marildo conhecia a vítima, por serem da mesma cidade, Igaraçu, ou pelas escolas de Adevaldo. O acusado, já pensando no assalto, acena para a vítima e pede carona. Os dois suspeitos já tinham combinado o roubo entre eles, de levar a caminhonete e os pertences de Adevaldo”, explica o delegado, que concedeu entrevista na manhã de hoje.
Caique e Marildo entraram no veículo da vítima e seguiram de Barra Bonita a Igaraçu do Tietê. No momento em que chegaram à ponte que limita os dois municípios, sacam simulacro de arma de fogo e anunciam o assalto. “Adevaldo talvez reage nesse momento, percebendo que era uma arma de brinquedo, que é quebrada. Ele tenta pular da caminhonete, mas é contido pelos autores”, diz o titular da DIG.
“Começa, neste momento, o cenário de violência. Eles levam Adevaldo até canavial e lá, com golpes e esganaduras, acreditam ter eliminado-o. Arrastam a vítima por 10 metros, o que se comprova pela perícia. Nesse local, com perfume e papéis encontrados na caminhonete, ateiam fogo ao corpo, mas Adevaldo não estava morto”, relata Góes.
Caique e Marildo saem do local e vão até a casa noturna, em Barra Bonita, pedindo ajuda a Paulo Roberto Meza. Eles confessam o crime para Paulo e saem do local para tentar vender a caminhonete – seguem para Bauru e Botucatu.
“Sem conseguir vender, retornam a Igaraçu do Tietê, voltam ao cenário do crime e verificam como está o corpo. Jogam palha de cana na tentativa de ocultar ainda mais”, explica o delegado. “Saem do canavial e passam a rodar em Igaraçu com a caminhonete da vítima, até abandoná-la.”
O delegado afirma que os três presos têm participação no latrocínio, associação criminosa e ocultação de cadáver. Será pedida a prorrogação da prisão temporária.